Todos nós Carmelitas encontramos na Virgem Maria a nossa Mãe e Irmã, que nos acompanha ao longo de toda a vida e continuamente nos mostra, com o seu exemplo, como conservar tudo o que nos acontece, de modo que possamos discernir a presença e a ação de Deus na nossa vida (cf. Lc 2, 19). Ela teve e tem a mais íntima relação com Jesus e anima-nos a estar junto d’Ele e a fazer tudo o que Ele manda (Jo 2, 5).
Ela é o modelo da bem aventurança “felizes os puros de coração”, e ensina-nos a reconhecer as nossas motivações e a pô-las de acordo com os valores do Evangelho.
*Fonte: Revista “Os Carmelitas” do Centro Internacional de Informação da Ordem do Carmo (CITOC) – Roma – Itália. Autor: Pe. Josepb Chalmers.
“O Carmelo é todo de Maria”
A ligação de Nossa Senhora com os carmelitas remonta às origens da Ordem. Os primeiros eremitas latinos que se fixaram no Monte Carmelo, no final do séc. XII, instalaram-se em grutas e construíram no centro delas um oratório dedicado a Nossa Senhora. Escolheram a Virgem Maria como Patrona da Ordem, a Senhora do Lugar, demonstrando que estavam em honra e a serviço dela, de quem esperavam toda a proteção.
Assim, os primeiros carmelitas colocaram-se inteiramente à disposição, consagraram-se e viveram em obséquio (dedicação total) de Jesus Cristo e também de sua mãe Maria. Consideravam-na como Mãe e modelo de vida contemplativa: ela nos ensina a acolher, a meditar e a conservar a Palavra de Deus no coração. Maria também é irmã dos carmelitas que têm como título oficial da Ordem: Irmãos da Bem-Aventurada Virgem Maria Mãe de Deus do Monte Carmelo, conhecida como Ordem do Carmo.
Os carmelitas sempre estiveram em sintonia com a virgindade de Maria, que é não apenas física, mas espiritual. Significa ter o coração inteiramente e exclusivamente dedicado a Deus, não dividido. Maria viveu só as coisas de Deus, esvaziando-se para Ele de tudo o que era terrestre e humano, para ocupar-se apenas dele. É cheia de graça, pois teve êxito em esvaziar-se para que Deus ocupasse totalmente o seu coração. O ideal de todo carmelita.
Não se pode compreender o Carmelo sem a presença viva de Maria. Ela é o modelo perfeito do ser consagrado ao Senhor. Com Maria sentimos a coragem de ser, no meio do povo e da Igreja, aqueles que oferecem o Cristo, gerado na oração.
Fonte: Site da Provincia Carmelita de Santo Elias